O Alvoroo do Canteiro-文本歌词

O Alvoroo do Canteiro-文本歌词

Coletivo Bossa
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Verso 1: No canteiro de obras da cidade, O tijolo é verso, a cal é protesto. O mestre grita: \"Parede erguida é verdade!\", Mas a argamassa esconde um manifesto. Refrão: Ah, meu bem, que rebuliço no terreiro! A casa cai, mas ninguém diz... Debaixo do andaime, o mundo inteiro Rebola a estrutura pra fugir da raiz. Verso 2: O fio estica, o nó aperta a corda, A roldana geme sob o peso do dia. O guindaste escreve, na altura, uma senha torta: \"Quem levanta o muro, cedo ou tarde o desvia\". Refrão: Ah, meu bem, que rebuliço no terreiro! A casa cai, mas ninguém diz... Debaixo do andaime, o mundo inteiro Rebola a estrutura pra fugir da raiz. Ponte: A ferrugem come o ferro, disfarçada de saudade, E o guindaste, sombra de um abutre a sobrevoar. Mas o pedreiro, na sua geometria desvairada, Traça um círculo onde o chão vai se levantar. Último Refrão (sussurrado): Ah, meu bem, que silêncio no terreiro... A casa cai, mas ninguém viu. E no lugar do cimento derradeiro, Nasce um jardim do punho que seguiu.