\"Canarinho e Sabiá\" Na janela da vida, o canarinho canta, Com seu som doce, a alma encanta, Mas a gaiola apertada o priva da sua paz, Sonhando com o campo onde a liberdade faz. Ai, canarinho, voa lá pro céu, Não fique preso nesse triste papel, O sabiá também sente a solidão, Na gaiola, o canto vira prisão. O sabiá lamenta a saudade do mato, Com suas penas coloridas, grita, \"Eu quero o fato!\" Mas os homens, com suas mãos, não vêem o mal, Esquecem que a vida é mais que um sonho banal. Ai, sabiá, te ouço a cantar, No meu peito, sinto a dor de te ver lá, A liberdade te chama, meu amigo, Na gaiola, o céu é apenas abrigo. O vento sopra, leva o perfume da flor, Enquanto os passarinhos sonham com o seu amor, Vem, solta as asas, voa pra onde for, Canarinho e sabiá, sintam o esplendor. O canarinho e o sabiá, juntos no voo, Lá no horizonte, o céu azul, sem jogo, Livre para cantar, pra ser o que é, Pássaro no campo, esse é o seu fé.